quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A Todos um boomm Nataaaalll llalala

Personalize funny videos and birthday eCards at JibJab!



Bêjos e abraços para todos!
Staring: Familia Fernandes

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Le plié*...



No Sábado passado, foi a apresentação de ballet da mais pequena. Uma azáfama, levantar a correr, correr para o ensaio, e a chuva e o frio, e o penteado, e os ganchos e o choro e eu já a destilar raiva logo de manhãnzinha. Um frenesim, para uns 8 ou dez minutinhos de glória no palco improvisado da sociedade recreativa onde as etéreas bailarinas mal podiam abrir os braços. Lindo...

Lá foi a família em peso ver a pequena "Margot Fonteyn ", tudo muito compenetrado do talento inato do rebento.

Eu de boca aberta, os olhos húmidos, a emoção a explodir num sorriso parvo a olhar aquele anjinho todo de rosa, que mais parecia um marshmellow!

O pai, ao meu lado, suspirava. Diria eu que de orgulho, tipo "estão a ver aquela ali no meio, a mais gira de todas? é a minha!" e assim...

Terminada a sessão, os aplausos, os agradecimentos, "correu muito bem, que lindas meninas, são tão graciosas, a sua menina portou-se lindamente", teve lugar um lanchinho, assim a modos que uma espécie de brunch de pacote, toma lá uma bolacha e toca a bazar que tenho mais que fazer, e enquanto isso, " ahhh sacaninha que entornaste a garrafa do sumo!".

Já cá fora, sentados à mesa do almoço, claro comentado os dotes artísticos da rapariga, até porque além do ballet, ela também cantou no Coro Infantil e tal, o papá querido sai-se com esta:

"a cantar até se safa...agora a dançar, está mais para a galinha de campo no charco, do que propriamente o cisne no lago, no entanto há que persistir, claro..."

E foi assim que aquele tirano destruiu ali mesmo todos os Meus sonhos de palco e ribalta e luzes e primas-donnas e tudo e tudo. Ela, a gaiata engasgou-se de tanto rir...

Calculo que o futuro das aulas de ballet, esteja traçado...
*PLIÉ – Dobrado. Flexão dos joelhos. Primeiro exercício da barra

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Uma questão de Tomates


Isto de viver no campo é um espectáculo!

Deveras! não julguem que o estou estou a dizer com conotações irónicas e/ou ácidas, não senhor, nada disso.

A proximidade com a terra e os bichos e o nada, faz-nos observar com mais atenção todo e qualquer movimento. E acreditem, há dias em que isso do movimento é uma coisa difícil de detectar.

Esta manhã assisti a um episódio que até agora não me sai da cabeça.

Vinha eu no meu maravilhoso Dácia Logan, cantarolando ao som do último cd do Glee, acabadinho de "comprar", entro na minha aldeia, e...um engarrafamento. Um engarrafamento? Sim. Um engarrafamento.

Ok, seriam uns dois carros, a contar com o meu, em espera à esquina da Sociedade Recreativa. O transito completamente parado.

Quando finalmente consigo curvar, de forma a ficar com o meu campo de visão mais ou menos desimpedido, eis que vejo, uma camioneta pequena, que carregava com uma retroescavadora enorme. A pá da retroescavadora tinha ficado presa nas iluminações Natalícias que os corajosos e aguçosos trabalhadores camarários andavam a colocar àquela hora da manhã.

Vai daí, que, de dentro da camioneta, sai uma mulher aí com os seus 45 anos (digo eu, assim pelo aspecto, mesmo sabendo que não se deve julgar ninguém pelas aparências), salta para cima da caixa de carga, e trepa pela cabine da retroescavadora, até, num equilíbrio periclitante conseguir passar o fio por cima da pá.

Cá em baixo, uns bons metros abaixo, como podem calcular, estavam os muito zelosos funcionários camarários, de boca aberta a segurarem um fio cheio de lâmpadas pintadas às cores (trabalho dúrissimo, atenção!), e mais uns quantos desocupados que já vinham do bagacinho, todos ali especados a observar as acrobacias mesmo ali em frente dos olhos deles.

De salientar que o condutor da camionete, também ele assistiu pelo espelho retrovisor, ao esforço da mulher, impávido e sereno. Penso que seria o marido, e penso também que ela esta noite em agradecimento devia ir dormir com o vizinho. Literalmente.

Temi pela integridade física daquela mulher de tomates, e tive dó daqueles homens todos que pelo menos naquele momento perderam os deles.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Me, Myself and I



Vá lá João, sempre vou responder a este repto, que é assim uma espécie de mea culpa misturado com vaidade e temperado com amor e raiva.


Cá vai então o sete vezes sete:




7 coisas (que eu queria) fazer antes de morrer




- ver os meus filhos crescidos e felizes


- escrever um livro


- livrar-me dos óculos :DD


- viajar um bocadinho mais (mas nada que implique aviões...)


- mimar-me mais


- envelhecer com o meu homem :DD


- encarar o fim com uma certa classe




7 coisas que digo diariamente




- parem de me chatear!


- por favor, eu só peço um minuto de sossego!


- já vou chegar atrasada!


- não gostas? comes menos.


- coisa mais linda!


- desaparece!


- isto não é normal!!!


(monótono eu sei.....)




7 coisas que faço bem




- lombo de porco com laranja


- bolos


- beijos


- zangar-me


- falar alto/gritar


- o meu trabalho


- filhos ;DDDD


(a modéstia, ai a modéstia)




7 defeitos




- guardo rancor quando sou "trilhada", e isso é uma coisa que me incomoda e com a qual luto ferozmente


- raramente consigo estar ou ficar calada, e como se diz cá na minha terra, "ovelha que berra, dentada que perde"


- sou pouco ambiciosa, e por isso demasiado acomodada.


- quando gosto, gosto muito, quando não gosto... é fugir


- sou de guardar para amanhã o que devia fazer hoje


- sou absoluta e completamente hipocondríaca ( e a idade não ajuda...)


- às vezes tenho a mania de me armar aos cucos (entendam como quiserem)




7 qualidades


(uiiii agora é que é)




- sou amiga


- sou transparente


- acho que sou boa ouvinte


- sou um monstro na hora de defender os meus (sim isto é uma qualidade)


- fidelidade e igualdade são palavras de ordem


- sou idealista (é uma estupidez para uma pessoa da minha idade, mas sou.)


- a minha fé




7 coisas que amo




- os meus filhos


- o meu "home"


- os meus livros


- cinema


- escrever


- comer


- "laurear a pevide" que é como quem diz "andar com ela de fora", que é como quem diz "não parar nos ovos"




7 coisas que odeio




- estupidez


- erros de português (falado ou escrito)


- hipocrisia e demagogia


- má literatura (eu sei que é muito subjectivo, que o que é para mim não é para outros, mas é uma coisa que me dá "comichões")


- música e intérpretes maus (idem aspas)


- o calor abrasador de Agosto


- não saber o que fazer para o jantar/almoço (sim eu sei, sou uma rapariga muito prosaica).




E pronto! Afinal não doeu nada. Peço desculpa de algumas das repostas serem vagas, mas foi o que se arranjou.

Outro problema com que me deparei para responder, foi o facto de em alguns pontos, sete escolhas serem de facto muito poucas, como por exemplo nas minhas qualidade, e/ou nas coisas que sei fazer bem, mas enfim, há-que respeitar o que nos é pedido.

Como sei que há muita gente que não gosta de desafios e afins, deixo o convite a todos os senhores e senhoras que estão devidamente assinalados aqui na barra lateral, como sendo os meus preferidos, para responderem e mostrarem a v/ verdadeira raça.
(e sim, sou eu na fotografia)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Crescer



Com este tema, corro o risco de sair daqui um poste lamechas e constrangedor, mas perante o desafio da Fábrica para este mês, é incontornável que me lembre da minha mãe.

Parece coisa banal, afinal todos temos uma, e eventualmente todas nos tornamos uma também.

Mas não é exactamente assim. Para mim não.

Perdi-a há dois anos e meio. E só nesse dia me senti "crescida". Não tem nada a ver com recalcamentos de nenhuma espécie, nada disso, apenas me senti pela primeira vez realmente sozinha. Uma mãe é um elo que nos transcende, uma raiz, uma bússola. E eu senti-me sem norte. Mesmo no meio de tanta gente, mesmo no meio dos meus próprios filhos.

Ela não era letrada, aliás fez a quarta classe já depois dos três filhos, não tinha nenhum tipo de especialização a fazer o que quer que fosse a não ser aquele: ser mãe.

Ria-se das minhas façanhas, temia pela minhas inquietações, ouvia-me até à exaustão, bebia com desmedida vontade tudo o que vinha de mim. Sempre fui a Carminho nos momentos bons e a Maria do Carmo quando as coisas azedavam, e não eram poucas as vezes que o "leite se entornava". Como nunca fui para longe, o corte do cordão simplesmente não aconteceu. Ela estava sempre ali. Para mim, depois para os meus filhos. Posso afirmar até, que só sentia os meus filhos em absoluta segurança quando ficavam à guarda dela, dos seus cuidados e das suas mãos.

E tinha confiança em mim. Muito mais do que aquela que eu merecia. E achava-me o máximo (isso é capaz de ter deixado sequelas graves) e enchia de paz e conforto todo o sitio onde entrava.

Talvez por tudo isto, só no dia em que a perdi, senti que perdi também a última réstia da criança que ela gerou e criou e amou.

Também por isto, tenho a certeza que os nossos filhos, os meus e os vossos, apesar de ventos e tempestades sentirão esta ligação que não se vê, mas que é a maior das certezas.



Fábrica de Letras - Desafio Dezembro/10

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

75

Como diz o poeta "façamos o ponto e mudemos de assunto, sim?"
Hoje é dia de dedicatória. Ontem Woody Allen completou 75 anos. Ele que é um dos realizadores/argumentistas mais dotados e geniais que a meca do cinema já conheceu.
Pela parte que me toca, proporcionou-me horas e horas de puro prazer, de um humor corrosivo e inteligente, de uma verborreia desconcertante.
Seja num registo mais intimo como em Alice, ou September, seja num outro muito mais humorístico como Small Time Crooks, ou Deconstructing Harry, seja ainda pela forma única como retrata a relação entre duas pessoas e/ou consigo mesmo, este "jovem" é dos maiores dos meus vícios.
Fica aqui só uma amostra, esta opening do Annie Hall. Ele estava nos seus "early forties" e falava nisso mesmo. Soberbo!
Parabéns e uma vénia.
 

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