quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
É por isto que eu não largo os Levitans...
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Nem a dignidade me deixam.
- Dou. É tua!
- Ajudas-me a agarrar aquele sonho?
- Ajudo! Diz-me só, onde o ponho!
- Ficas comigo até ao fim?
- Não brinques comigo, que ainda te digo que sim!
Tudo isto, sempre num tom de voz, muito acima daquilo que a minha própria pobre cabeça já vai aguentando. Tenho por isso a nítida sensação, que entre este momento e um outro que será eu sair à rua em pelota, ou mandar-me da varanda abaixo, já não distará muito.
A verdade é que esses castigos, acabam invariavelmente antes de chegarem ao fim. E terminam da forma mais degradante possível.
Sou sempre comprada por uma pontada de pena que me nasce aqui dentro, e depois eu tento enxotar, mas já não é só pena, e depois já é uma mistura de dó e culpa e quando chega a pergunta envolta em falinhas mais ou menos mansas, tipo : "já está tudo arrumado, achas que posso ir ao blá blá blá?" , nessa altura, dizia eu, apanham-me totalmente de portas abertas, desprotegida, indefesa, de calças nas mãos é o que é. E por muito que ponha a minha pior cara ("estás sempre com uma cara!"), é mais que sabido, que a outra parte está confiante na minha resposta falsamente mal humorada "vai lá...mas ficas a saber que é a última vez! entendes! ENTENDES!!!".
Claro que entendem. Entendem até demais.
Uma vez um especialista destas coisas do comportamento, disse-me "minha senhora, os castigos têm que ser levados até ao fim, por isso pense bem antes de os dar."
*nalgas=nádegas (alguém podia não saber...)
**fui eu que escrevi sim senhora!
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
De boa vontade e "á borla"
Mas passemos ao que interessa. Se quiserem tomar nota, aqui vai a primeira recomendação, "The Black Swan", de Darren Aronofsky, o mesmo que já nos tinha brindado com "Requiem for a Dream", ou "Wrestler", só para dar alguns exemplos.
Este Cisne Negro, é assim um bocado a dar pró psicadélico/neurótico. Visualmente é perfeito (até porque a Natalie Portman é absolutamente completamente linda de morrer), mas (há sempre um mas), confesso que não é propriamente a minha praia. Apesar de todo o ambiente carregado do primeiro ao último minuto, os recalcamentos, o sexo ou a falta dele, a ditadura espartana da disciplina, a figura aglutinadora/castradora da mãe, as tentações viscerais, a densidade dos personagens, apesar de tudo isto, não sei, mas se calhar sou uma rapariga demasiado comum, e prefiro coisas um bocadinho mais lineares. Ainda assim, um bom filme. Digo eu.
E ainda...uma filme de animação. Sou perdida por filmes de animação, e este "Despicable me", é uma experiência belíssima. Apesar de não fazer sombra ao melhor do ano deste género que, na minha opinião é sem qualquer dúvida "Toy Story 3", soberbo, este Gru, é indispensável, e a prova provada que ser mau compensa ;DD
E agora se quiserem vão a um blocckbuster perto de vós e aceitem as sugestões que faço de tão boa vontade...se não quiserem, paciência, mais perdem!