Nunca fui muito chegada a plantas de interior. Ou de exterior. Tenho uma espécie de jeito inato para as deixar a definhar. Aquela particularidade de não abrirem a boca, coloca esses seres, pelo menos aos meus olhos, na categoria de natureza morta logo à partida.
A varanda lá de casa mais parece a da Família Adams, vasos cheios de ramos secos e retorcidos, folhas caídas impregnadas de pó, ervas daninhas também eles próprias já ressequidas e apanhadas na sua própria luxuria, enfim, um espectáculo pouco digno, e do qual desde já digo, não me orgulho nada. Esqueço-me, sei que não é desculpa que se dê, mas é a verdade.
No entanto, nas últimas semanas, tenho mantido uma planta de interior, que teima em não se dar por vencida e continua a encher (literalmente) a minha sala de verde.
Não posso especificar com exactidão que tipo de planta é, mas presumo que seja um tipo de abeto nórdico, que comprei num super mercado, e que foi, digo bem, foi, o meu pinheiro de Natal.
Existe a vontade de o plantar no quintal do meu pai, mas ainda não conseguimos fazer acontecer esse momento, seja porque já é de noite, ou porque agora ainda é cedo, tu já viste bem o nevoeiro? , com este chuva não sou eu que me vou pôr a cavar no meio do quintal!, ou então as preferidas "agora vou comer, depois já vou". Mas não. Ninguém vai. Ninguém foi até agora, e um dia destas acabo por me afeiçoar à porcaria da árvore e daí até à morte é um passinho de pardal (sim porque água, é mentira).
E é neste clima "deixa andar" que lá vamos tentando co-habitar com a "plantinha" que como podem verificar pela imagem terá uns dois metros de altura por 1,5 de diametro. Não é fácil, mas alegra o ambiente e dá assim um ar de open space e coise.
13 comentários:
Irra! É grande comórraio! Tem um ar suspeito, não confies nela. Ainda vos come a meio da noite.
E este post fez-me lembrar aquela musica dos Deolinda "Movimento Perpétuo Associativo".
E estão aí umas partes com tanto suco literário que eu até fiquei verde de inveja. -.-'
Que susto!
Fica já para o próximo Natal. A árvore cá em casa ainda está montada. Está e, pelos vistos, estará.:)
João Pra grande azar dela parece-me bem que sim :DDD
Margot é suco de limão com açucar mascavado... e se calhar já usamos os dois a desculpa de jogar o Benfica pra não levar o elefante branco lá pra baixo...ele porque é do benfica eu porque n sou...
Jóni Vá lá, não seja tão sensivel, é só uma árvore gigente no meio da minha sala!
Sara Alguém que me compreenda! Já vi que és cá das minhas ;DD
A minha árvore de Natal é uma múmia em perfeito estado de conservação, que passa o ano fechada numa caixinha rectangular, caladinha e sossegada. Por alturas do Natal, vamos buscá-la e ela, sempre verde, sempre viçosa, sem um queixume, lá enfeita a sala durante a época festiva. Terminada a temporada, volta à proveniência. Não sou, por isso, acometida de qualquer espírito maternalista em relação à mesma. Vivo feliz desta forma. =)
Dentro em dias tens de fazer um buraco no tecto.
Devias comprar um cacto.
A minha única questão é: como é que o Zé passa para as escadas do sótão? :thinks:
B. Também tenho uma dessas :DDD, mas este Natal, o meu esposo apareceu-me lá a casa com este "pinheirinho" e ficámos todos encantados...agora é que é o cabo dos trabalhos, ou seja, tirá-la dali...
Cat Acho que já cresceu o que tinha a crescer coitado, ainda por cima sem água. Isso dos cactos...pois seria boa ideia, mas acho que eles têm assim um ar tão desolado (eu sei que me estou a contradizer, mas é isso mesmo) ;D
Weeeeeee é alguma (in)directa para a elegância do meu esposo??? ah! pensava!
Os presentes foram proporcionais ao tamanho da árvore? ))
Bonita verdurinha, sim senhora!
Façam uma plantação colectiva, a família toda num sábado de manhã, de enxada em riste e trunga, cá vai disto.
Já vi que em comum temos o jeito para as verduras, a vergonha do jardim e a permanência da árvore de Natal que se arrasta de preguiça em preguiça até ao Carnaval ou quiçá à Páscoa (já me aconteceu).
Nada disso, era para com a elegância da árvore!!
Mel tão GRANDE? E agora como isso vai sair daí? Eu adoro flores e tenho algumas que cuido com cuidado e que adoro ver crescer. Adoro-as e não consigo viver sem verde em casa. Como a casa é super iluminada, o sol bate-lhe todo o dia, elas crescem a olhos vistos. Vitaminas só mesmo borras de cafá e cascas de ovos esmagados. Este é um conselho para as tuas e regas, nunca exageradas.
A árvore de natal não é natural é mesmo plástica. Não concordo com as naturais que acabam sempre no caixote do lixo. Beijinhos
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