sexta-feira, 27 de agosto de 2010

(IN)SUSTENTABILIDADE


Na última década, esta é a palavra de ordem : Sustentabilidade.

Para todo e qualquer tema proposto, seja em que circunstância for, fica bem aflorar o conceito, nem que seja de uma forma absolutamente coloquial (quase sempre o é...)

O conceito é moderno no trato, e serve em todos os pés, ora é a sustentabilidade ambiental, ora é a sustentabilidade social e/ou cultural, ora é o Deus maior das nossas sociedades, a sustentabildade económica. Porque meus senhores, é isso e só isso que importa a quem governa. E não, não me estou a referir especificamente ao Zé, ao Manel ou ao Joaquim, estou-me a referir a eles todos juntinhos de mãos dadas.

No inicio da semana, se não estou em erro, foi anunciado o fecho definitivo de um grande número de escolas. Não quero aqui entrar em discussões sobre se é ou não viável essas escolas estarem a funcionar com tão poucos alunos, deixo isso para outros, mas quero tentar perceber como é que se pode falar e embandeirar em arco sobre a identidade de um país e blá blá blá, quando nos vão decepando aos poucos as raízes? Esta coisa toda da globalização faz-me assim uma espécie de urticaria, isto de o mundo ser uma aldeia global em que todos falamos a mesma língua, e afinamos sob o mesmo diapasão provoca em mim um involuntário torcer de nariz.

É provável que eu esteja errada, não digo que não! Mas também não abdico dos meus ideais idealistas (a redundância é propositada), pra mim o que está certo é as nossas crianças crescerem felizes e enraizadas, aprenderem os sotaques vernáculos da região onde vivem, puderem sair da cama a horas decentes, serem senhores dos seus pequenos reinos. E, acredito que os nossos governantes deveriam proporcionar-lhes isso, ainda que fosse a troco de mais um punhado de euros em professores e auxiliares, ao invés de os arrancarem da cama e da família de madrugada, para os despejarem em ambientes estranhos logo numa idade tão tenra.

Não precisamos de submarinos nem blindados. As invasões territoriais não se aplicam a este canteiro. Isto só dá trabalho, e pelo que vemos amiúde, é insustentável.


Pic: gamada por aí

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Sitiados



O gato está a miar ao pé da porta da varanda.


E diz ele, "Já viste isto? Se nós nem o gato deixamos sair, quanto mais os miúdos..."


Perfeito exercício de lógica.


Ps: O cordão umbilical é de aço extensível e infinitamente duradouro.



sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Vamos lá ver se a gente se entende



Há coisas que só se fazem no recato de uma porta fechada, caramba!
Exemplos?
Dar um traque, soltar um valente arroto, coçar as partes baixas, mexer nos pés, meter o dedo no nariz, limpar as orelhas, "palitar" os dentes com a lingua dando estalidos, e claroooo cortar as unhas pá!!!!
É que seja lá qual for o posto hierárquico que um pessoa tenha, não se cortam as unhas despudoradamente, sentado à secretária!
Muito menos à Sexta-Feira, que já dizia a minha avó, dá azar!
Era só.
Eu ía lanchar.
Mas já não vou.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Aos amores



Faz hoje exactamente 17 anos, mais ou menos a esta hora que começava a minha aventura pelo mundo dos afectos cá de dentro. Os afectos não (só) do coração, mas da carne, da dor, da angustia, do amor total e incondicional.


Estou a ser lamechas? É também disso que reza o (f)acto de ser mãe, por isso não se incomodem.





Parabéns Leonor Linda. Que a vida seja por inteiro toda tua porque não mereces menos que isso.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Hapiness...


...bottled

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Arranjem um porta-voz!


É que assim é complicado. Os fins de semana deveriam ser momentos de lazer, sem horários, nem compromissos inadiáveis. Mas não. Não senhor!

Já se sabe há as limpezas, há as refeições, há as toneladas de roupa pra passar a ferro, enfim, o normal numa casa cheia de gente.

E se fosse só isto, não chegava? Sobrava digo eu. Mas não...

Quando por fim o corpo já suplica por descanso, e o sofá faz o chamamento para acasalar, (re)começa o "jogo"... entra o primeiro "mãe tás a ver televisão (não, estou a coçar o traseiro...)? tás a ver o quê?, lá respondo muito a contra gosto, e sendo a falta de interesse óbvia, o personagem sai pela outra porta. Entra o segundo "mãe tás a ver televisão (uiiiii)? tás a ver o quê?- joga-se pra cima do sofá. Respondo já com pouca vontade conversa e um ligeiro sopro de desagrado. entra o terceiro (normalmente a cantar) - mãe tás a ver televisão? tás a ver o quê? posso mudar? - não, não tou a ver televisão, estou a ter um esgotamento nervoso, tou a ver que tenho que vos doar a bem da medicina, e não não podes mudar coisíssima nenhuma a não ser o teu cu daqui pra fora! e pronto lá se vai a calma e o verniz de um fim de semana em família...

Por momentos eu e o sofá conseguimos prosseguir nas nossas intimidades. Mas lá diz o povo, não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe. Começa o segundo round. "Mãe o que é o jantar?, respondo naquele tom que não admite mais perguntas. Entra outro, senta-se lá na ponta a olhar pra mim, mãe? mãe? o que é o jantar? não respondo. Não me apetece. A pessoa levanta-se a resmungar- xiiii é que nem me liga! só queria saber o que é o jantar, mai nada! e continua a lamuriar pelo corredor fora. Terceiro, discretamente vem ver se o telemóvel já está carregado, desliga-o da ficha, e "mãe? o que é o jantar?" ....*

Xiça!! Era demais pedir muito um bocado de organização?





sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pata na poça...

Quem de nós, pelo menos uma vez por semana, ou por dia, vá, quem, dizia eu, não mete a pata na poça?
Ou como diria a Grande Britney (not), ops! I did it again!
Aqui em Reguengos, há muitos muitos anos atrás, no principio do século vinte, havia um grupo de teatro, claro está composto na sua maioria por gentes bem posicionadas da sociedade local da época.
As admissões no seio do restrito grupo eram muito apertadas, e só contornadas por uma boa cunha, ou um nome decente. Ora um certo novo rico, comerciante da praça, há muito assistia a todos os ensaios da distinta trupe, sempre a salivar, desejoso do momento em que chegaria o convite e aí sim, ele teria a oportunidade de mostrar ao mundo o seu enorme talento. Certo é que, dias antes de estrear a peça, uma comédia de costumes, muito polida e correcta, um dos actores cai à cama com uma desinteria aguda. O papel era modesto, o tempo era pouco, porque não? O convite chegou e o dito cujo exultou de orgulho e alegria. Noite e dia, o caixeiro, dono de uma loja de lavoures, repetia a sua fala, "Sr. Doutor, o jantar está servido", falava num tom, experimentava outro, uma pose, depois outra. Por falta de ensaios, aquilo não podia sair mal, ah isso era de certeza!
Chegou o dia da estreia, a plateia do então novo e esplendoroso Cine Monsaraz, quase estoirava de tão cheia, nos camarotes era uma azafama, plumas, e rouges e bengalas, tudo a postos para as pancadinhas de Molière. A dramatização corria sobre rodas até ao momento em que entra o caixeiro, muito digno e elegante, e com uma voz muitíssimo bem colocada, diz numa vénia: " Senhor Jantar, o doutor está servido."
Escusado é dizer, que a carreira do jovem comerciante acabou ali mesmo.
E agora vocês perguntam "mas esta gaija agora lembrou-se disto porquê??"
Porque hoje é Sexta-Feira, porque alguém pode estar a preparar um jantar pra receber visitas, ou só o jantar de todos os dias e quem sabe hoje apetece-lhe fazer um doce, mas um daqueles doces que nos deixa a salvo de "meter a pata na poça", um daqueles doces infalíveis, e ainda por cima bonitos e uiii fashion.
Tomem nota, trata-se duma Tarde de Frutos do Bosque, que é como quem diz une Tarte de Fruits de La Fôret (em francês chia mais fino).

Então lá vai:


- 1 base de massa folhada fresca, ou massa quebrada, dependendo do gosto de cada um, se tiverem paciência também podem usar filo, dessas bases redondas que existem em todos os supermercados;
- 1 embalagem de frutos do bosque congelados;
- 1 embalagem de natas frescas, daquelas do saquinho, nada de embalagens tetra prisma, ok?
- 3 colheres de sopa de açúcar branco
- 4 colheres de sopa de açúcar mascavado
- 1 pau de canela
- raspas de chocolate
- um cheirinho de porto

Forrem V. Exas. uma daquelas formas de tarte, que se tira o fundo, com a dita base de massa, piquem muito bem com um garfo, encham com grãos ou feijões secos até meio (impede a massa de inchar) e levem ao forno quente durante uns 20 minutos. Nunca é demais lembrar que os fornos variam muito, pelo que é conveniente ir espreitando, e quando estiver dourado, retirar e deixar arrefecer.
Entretanto, levar ao lume, os frutos com as quatro colheres de sopa de açúcar mascavado, o pau de canela, e o cheirinho de porto. Deixar ferver um bocadinho até ganhar um ponto leve de compota, sem deixar de mexer, senão pega-se tudo e lá vai a intenção pelo cano abaixo, if you know what i mean...
Mais uma vez deixar arrefecer.
Seguidamente, bater as natas, que devem estar bem frrrias. Primeiro bater devagar por um minuto , depois juntar o açucar branco e bater na velocidade máxima até obter a consistência de chantily. Por fim é só montar (montar é uma palavra linda). Dentro da massa folhada deitar a compota de frutos já fria, por cima o chantily e por fim, generosas raspas de chocolate.
Experimentem e façam um figurão, é que nunca falha!



ps: os grãos e os feijões secos é pra jogar fora tá bem? Pronto. é só porque ...tá bem.
Pic lá de casa por alguém lá de casa

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Feios, porcos e maus

Por norma não gosto de filmes de acção, tal como não gosto de livros desse mesmo género. Cá em casa, sou inclusive acusada de gostar apenas e só de coisas "secantes". Não sei se será bem assim....é verdade que gosto mais de um diálogo em detrimento de uma cena de pancadaria ou perseguição alucinante, não é menos verdade que um plano bem filmado dispensa até os diálogos, e por aí adiante. Com os livros a coisa passa-se da mesma forma. Perco-me por uma descrição exaustiva de um tapete, de uma expressão, ou de um sentimento. Provavelmente sou aquilo a que usualmente se chama uma grande chata.
Não é raro, ouvir "este filme é um daqueles da mãe", ou "ui...é o livro que a mãe anda a ler..."...
No entanto, não há regra sem excepção, lá diz o ditado, e eis-me rendida a uma saga escrita, de acção e guerra, e mortes e torturas e coisas assim.

Contos do tempo em que os homens eram feios, porcos e maus, tempos em que cabeças rolavam em nome da honra, ou da vingança, amores impossíveis, corpos trespassados por espadas e lanças, e estandartes de casas nobres brandidos em gritos e desforras, e pobres esfarrapados e sujos, e bordeis, e prostitutas e intrigas e sentimentos primitivos e magia.Tudo isto num ambiente de trevas e medo, armaduras medievais, mesas fartas e cançonetas de exaltação às batalhas ganhas.Ou seja, ando a ler estes livrinhos de empreitada (oito volumes), completamente rendida à escrita cinematográfica deste George R.R. Martin, e das suas Crónicas do Fogo e Gelo.

Aliás no ano que vem, esta saga vai chegar à televisão, pela mão da HBO, o que desde já é garantia de qualidade. Vão dar uma espreitadela ao site, e digam lá que não é de salivar?

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Coisas de outros tempos



Dizem que à medida que vamos caminhando na idade, as memórias mais antigas vão ficando cada vez mais claras, em contrapartida com o esquecimento imediato do dia de ontem.

A propósito do tema proposto pela Fábrica para este mês, lembrei-me de uma longa viagem que fiz há séculos. Longa porque naqueles tempos, estaríamos nos finais dos 70, ir do Alentejo ao Algarve era uma aventura que demorava o seu tempo. Não havia auto-estradas, ou vias rápidas, e as estradas existentes a muito custo podiam ter esse nome. A Serra do Caldeirão era passagem obrigatória, curvas e mais curvas, seguidas de curvas eram a explicação para a cor esverdeada dos semblantes. Os estômagos mais frágeis, quase sempre pediam misericórdia e mesmo os mais fortes coravam de enjoo.

Era verão. Talvez Agosto, isso não sei dizer. Os meus pais, os meus tios, e outro casal amigo, decidiram ir fazer um fim de semana prolongado para o Algarve. Destino: Monte-Gordo, Tipo: campismo selvagem.

Selvagem, porque não havia propriamente um parque de campismo, e selvagem porque nunca ninguém daquelas três famílias tinha sequer olhado para uma tenda antes.

Lá seguimos viagem, três carros carregados de tralhas, comidas, fogões, colchões e etcs, por aí fora. Avistámos Monte Gordo, umas quatro horas depois. Os estômagos deviam estar às voltas, os miúdos fartos da viagem, os adultos fartos dos miúdos (sim porque estas coisas não mudam muito). Toca a tirar tudo pra fora do carro, e aos mais aventureiros cabia a tarefa de montar a tenda. A tenda, que era mais uma barraca, era um despojo de um qualquer quartel militar, um pano enorme, verde seco, surrado, esburacado, uma dúzia de estacas de ferro, e claro corda com fartura. Outras quatro horas depois, os filhos mais velhos rebolavam-se no chão às gargalhadas perante as tentativas frustradas de manter de pé a "casa". Nós os mais novos, andávamos mais entretidos a apanhar camaleões.

O casal amigo, com um filho único, tinham levado uma sobrinha com eles, pra fazer companhia ao primo, e depois de toda aquela azafama, estavam ainda em estado de choque com a viagem, os olhos perdidos, a tez pálida, e um cansaço enorme, que a bem dizer não conseguiram recuperar nos três dias que por lá andaram. O pobre do homem, nunca tinha conduzido fora de Reguengos, e, descobrimos mais tarde, dentro do carro deles, foi desde a partida estabelecido um estado de alerta constante. Ele só olhava em frente, a mulher só olhava para o lado direito, e no banco traseiro do automóvel, o miúdo (que mais parecia um leitão de engorda, e a quem "carinhosamente" chamávamos Bufinha), fazia a viagem toda de joelhos virado pra trás (naquele tempo não havia cá cintos de segurança, nem cadeirinhas), enquanto a prima, uma adolescente muito bem comportada, relatava tudo o que acontecia do lado esquerdo. Não admira que estivessem extenuados à chegada...

Foram três dias de divertimento, muito ar puro, muita praia, manhãs inteiras a enterrar os pés na areia da maré baixa para apanhar conquilhas. No Domingo depois de almoço, toca a desmontar o acampamento e enfiar tudo nos carros, para o regresso. Os nossos companheiros estavam já amarelos com a antevisão de mais um bocado de inferno até chegar ao doce lar.

Lá partimos, de regresso a casa, sujos, cheios de sal e pó, os miúdos cheiinhos de sorrisos, os adolescentes cheios de estórias pra contar amanhã no jardim, um fim de semana no Algarve não era pra toda a gente, os adultos já a pensarem na semana de trabalho que tinham pela frente.

Nas minhas mãos, uma caixa de papelão, com uma tampa toda furada com a ponta da navalha de bolso do meu pai. Lá dentro o Hércules, um camaleão.


Pic in Deviantart


PS: O Hercules, morreu dias depois. O meu vizinho matou-o à pazada, depois de ouvir a mulher e a sogra aos gritos de "mata o bicho! mata o bicho!"


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Até tu Brutus...


Não basta os três gaiatos, não falharem uma hora da minha presença sem o "Mãããããeeeeee, eu quero isto", ou "Mããããeeeeeee, chega aqui, faxavôr", ou "Mããããeeeeee olhá lá o que ela/ele tá a fazer", e não esquecer o " ou paras já ou chamo a Mãe!".

Deve ser uma coisa inata, não percebo...mas a verdade é que passo metade dos fins de semana, a ripostar coisas do género " olha lá estafermo, e se fosses chatear o senhor teu paizinho que está aí tão bem posto ao teu lado!?". Por norma não ganho nada com isso, essa é que é a verdade.

Ora esta madrugada, sim porque eram 5.30h da manhã, o cabrãozinho do gato (que não é Brutus, mas Rex), acordou-me a miar, sentado em cima da minha mesinha de cabeceira, insistentemente, porque alguém lhe tinha deixado a porta fechada e o desgraçado estava apertadinho e queria ir à casa de banho...

Não foi miar à cabeceira dos donos pequenos, ou do dono ali tão descansadinho a dormir ao meu lado, não senhor! Abancou ao lado da minha cabeça e vai de miau miau miau, que é como quem diz "Mãããeeeeeeeeee".

Ai a minha vida!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Foi um festival!

Ontem à noite, Évora, Festival do Alentejo. Agora está muito na moda, vá-se lá saber porquê os revivalismos relativos aos anos oitenta. Se por lá tivessem andado, não tinham tantas saudades, os penteados, a roupa (ai Jazuz a roupa), enfim. Claro que na música há muita coisa boa pra recordar, e foi isso que fomos fazer, ouvir os fabulásticos Waterboys. Os miúdos conheciam pouco da banda, mas em menos de um piscar de olhos estavam rendidos ao violino de Steve Wichham e ao ecletismo do "patrão" Mike Scott. Quem teve o prazer de lá estar, foi brindado com um belíssimo good old rock'n roll, cheio de nuances folks/celtas e não há que saber, quando dei por mim dançava o Fisherman's Blues a todo o gás!

Claro que nesta terra de Deus, tudo tem um cunho diferente, desculpem lá meus amigos mas é assim. Até os cromos são daqueles que nos faltam sempre pra acabar a colecção, senão vejam bem, o detalhe dos óculos.....3D, ou no outfit pensado prá "naite", do chapéu+camisa havaiana+colete+calção+mocassins!


Melhor que isto, só mesmo as duas bandas locais que actuaram antes, a primeira das quais nos fez suar frio ao som de rimas tão inteligentes e pouco óbvias como "quero ver a tua caveira em cima da minha lareira", ou ainda "quero ver-te no caixão, morta por depressão".

...

aiiiiiiii
 

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